É essencial conhecer os limites desse profissional e estar atento a atitudes que podem colocar o patrimônio em risco
Com a expansão do mercado financeiro e o crescimento do número de investidores no Brasil, o papel dos assessores de investimentos ganhou ainda mais destaque. Esses profissionais atuam como pontes entre os investidores e as corretoras, auxiliando na compreensão de produtos financeiros, estratégias de alocação e avaliação de risco. No entanto, embora desempenhem uma função relevante na jornada do investidor, há limites bem definidos sobre o que podem e, principalmente, o que não podem fazer.
Entender essas restrições é fundamental para evitar conflitos de interesse e práticas indevidas que podem resultar em prejuízos. Afinal, a confiança entre assessor e cliente precisa estar ancorada na ética e na legalidade. É nesse contexto que vale destacar alguns comportamentos que devem acender o sinal de alerta.
Antes de seguir com a lista, é importante compreender que os assessores estão vinculados às corretoras, que são intermediárias autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar operações no mercado financeiro. Em plataformas como a da Genial Investimentos, por exemplo, o cliente tem acesso direto a uma ampla gama de produtos, de renda fixa a fundos e previdência, sempre com transparência e apoio qualificado para tomar decisões alinhadas ao seu perfil.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
1. Prometer rentabilidade garantida sobre investimentos
Uma das infrações mais graves que um assessor pode cometer é prometer retorno certo sobre qualquer tipo de investimento. Por mais que um ativo tenha bom histórico de rendimento, o mercado financeiro é volátil e está sujeito a oscilações que não podem ser previstas com exatidão. Prometer ganhos garantidos, além de antiético, é ilegal. Nenhum investimento, nem mesmo os produtos de renda fixa, está isento de risco. Essa é uma responsabilidade clara estabelecida pela CVM.
2. Operar sem autorização do cliente
O assessor de investimentos atua como um orientador, não como gestor. Isso significa que todas as decisões de compra e venda de ativos devem partir do cliente e ser autorizadas previamente. Caso um assessor execute ordens por conta própria, mesmo acreditando que está agindo no melhor interesse do investidor, estará ultrapassando suas atribuições e poderá responder judicialmente por isso. A autonomia do investidor deve ser sempre preservada.
3. Receber recursos financeiros diretamente
Qualquer repasse de valores entre cliente e assessor fora dos canais oficiais da corretora é prática vedada. Os aportes financeiros devem ser feitos exclusivamente por meio das plataformas autorizadas, que garantem segurança, rastreabilidade e conformidade com as normas do sistema financeiro. Ao entregar dinheiro diretamente a um assessor, o investidor abre margem para fraudes, além de se distanciar da proteção institucional assegurada pelas corretoras.
4. Induzir à compra de produtos de instituições específicas
Embora os assessores possam apresentar sugestões com base no perfil do investidor, eles não devem induzir à compra de produtos apenas por conveniência comercial, por exemplo, com foco em comissões. A função do assessor é atuar com imparcialidade, considerando a diversificação da carteira, os objetivos do cliente e o seu apetite ao risco. Pressões indevidas para investir em produtos de uma determinada instituição devem ser vistas com cautela, já que podem indicar conflito de interesse.
5. Atuar como gestor sem certificação adequada
A linha entre orientação e gestão ativa é clara do ponto de vista regulatório. Um assessor não está autorizado a gerenciar carteiras ou tomar decisões em nome do investidor, a menos que possua a devida certificação e autorização para atuar como gestor de recursos — como as previstas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) ou pela própria CVM. Mesmo com experiência e conhecimento, o assessor não pode substituir o cliente no comando da carteira.
Como identificar um bom assessor?
Além de evitar as práticas indevidas citadas acima, vale destacar algumas qualidades que ajudam a identificar bons profissionais: transparência na comunicação, clareza nas explicações, atualização técnica constante e, acima de tudo, respeito ao perfil e aos objetivos do investidor. Um assessor ético prioriza a educação financeira e oferece autonomia ao cliente, sem empurrar produtos ou criar dependência.